terça-feira, 29 de maio de 2018

ACIDENTE NA E. F. BRAGANTINA

Entre 1884 e 1967, a Estrada de Ferro Bragantina ligava Campo Limpo Paulista a Bragança - um trecho de 52 km.

A Bragantina tinha duas automotrizes diesel de procedência inglesa (foto abaixo), da marca Walker, que entraram em serviço em 1938.

Em 18 de março de 1957, uma delas descarrilou próximo a Campo Limpo; as notícias que chegaram à nossa cidade, à qual Campo Limpo pertencia, eram alarmantes: falava-se em mortos e feridos. 

O delegado de Polícia de nossa cidade mobilizou todos os recursos possíveis: ambulâncias, viaturas do Exército, bombeiros, guardas municipais - todos dirigiram-se a toda pressa para o local. Felizmente, somente aconteceram alguns ferimentos leves, como relatam os recortes de jornal abaixo.




sexta-feira, 25 de maio de 2018

1915: A BRUXA ESTAVA SOLTA NA RUA BARÃO DE JUNDIAÍ


A imprensa noticiou que na manhã de 12 de setembro 1915, José Chinchinato fraturou a perna quando foi "cuspido da sella" - caiu do cavalo na Rua Barão.

Momentos depois, passava pelo local um carro guiado pelo "chauffeur" Antonio Vidille, que atropelou um pedestre.

Vidille foi imediatamente preso! O atropelado foi levado ao Hospital São Vicente, tendo seus ferimentos sido considerados leves, o que levou à libertação de Vidille, mediante fiança - o inquérito prosseguiu, com o delegado de Polícia ouvido algumas testemunhas.

Acreditamos que se esses procedimentos fossem adotados hoje iria faltar cadeia...



domingo, 20 de maio de 2018

CAROLINA BELOTTI TARTEICA: UMA PARTEIRA DE PRIMEIRA CLASSE EM 1910

O portal Jundiaí Agora publicou no final do ano de 2017  uma matéria muito interessante relatando que  em 1910, os jornalistas jundiaienses Tibúrcio Estevam de Siqueira e João Baptista Figueiredo escreveram e organizaram o Almanach de Jundiahy. O lançamento ocorreu em janeiro do ano seguinte pela Folha Typografia e Pautação, estabelecimento que funcionava também como livraria e papelaria. 

Esse almanaque, com 215 páginas, trazia anúncios, poesias, registro de datas importantes de nossa cidade, lista dos povoadores, passatempos e variedades - era uma visão dos tempos em que  Jundiaí era uma pacata cidade com 11 mil habitantes.

Um dos anúncios era o de uma "parteira de primeira classe", que atendia às parturientes de nossa cidade - naquela época, a regra era que as crianças nascessem em casa, com o auxílio dessas profissionais. Hospital, apenas em casos raríssimos (só tínhamos o S. Vicente, foto acima); conhecemos pessoas nascidas nos anos 1960 que, em nossa cidade, vieram ao mundo com o auxílio de parteiras. Carolina Belotti Tarteica, ao que parece, era uma profissional com formação muito boa. 

O exemplar do almanaque que serviu para a elaboração da matéria faz parte do acervo do Sebo Jundiaí, foi resgatado pelo professor Maurício Ferreira em um depósito papéis para reciclagem. O acaso ajudou a preservar a história da cidade,  já que o almanaque  é raríssimo.

O almanaque teve uma nova edição lançada em abril de 2012.


Uma curiosidade: pautação era o trabalho de imprimir linhas em papéis que seriam utilizados para escrita - hoje, papel pautado é cada vez menos utilizado...

sábado, 19 de maio de 2018

NOVEMBRO DE 1942 - ERA ELEITA A RAINHA DOS ESTUDANTES DE JUNDIAÍ

O jornal Folha da Manhã de 5 de novembro de 1942 noticiava a eleição da "Rainha dos Estudantes".

As candidatas representavam escolas e os votos eram vendidos - isso era comum naquela época, quando se pretendia arrecadar fundos para alguma campanha - no caso, com o Brasil entrando na 2ª Guerra Mundial, os valores arrecadados iriam para a campanha pró Marinha de guerra. 

domingo, 13 de maio de 2018

O GRUPO GASPARIAN CALOTEOU TRABALHADORES JUNDIAIENSES

A Fábrica São Jorge era uma indústria têxtil pertencente ao Grupo Gasparian que acabou falindo e deixando de pagar seus empregados.

Em sua edição de 30 de setembro de 1970, O Estado de S. Paulo noticiava que o imóvel onde se localizava a fábrica fora vendido e os funcionários receberiam uma parte do que lhes era devido - o imóvel, localizado em local nobre da cidade, próximo ao centro da cidade e à Av. 9 de Julho, abriga hoje um grande supermercado - a foto ao final do post mostra o supermercado logo após sua inauguração. 

Outra empresa do mesmo grupo, a Fiação e Tecelagem Jundiaí teve destino semelhante, também caloteando seus funcionários - seu prédio é ocupado hoje pela Receita Federal.







terça-feira, 8 de maio de 2018

DA CAPELA PAI MANOEL À PARÓQUIA NOVA JERUSALÉM

A região onde fica a igreja Nova Jerusalém era chamada antigamente Pai Manoel, não sabemos por quais razões. 

Em 1932, foi erguida ali uma pequena capela, que mesmo passando por algumas reformas, ficou muito pequena para as necessidades da comunidade.

Em março de 1968, com sede na capela, foi criada a Paróquia Bom Jesus de Jundiaí. Em agosto daquele mesmo ano, o padre espanhol Jesus Bosco Priante tomou posse como seu primeiro pároco.

Imediatamente começaram os trabalhos para construção de uma igreja, em área próxima à antiga capela, tendo, depois de muito trabalho, a nova igreja sido inaugurada em 23 de março de 1975, um Domingo de Ramos; a foto abaixo, do acervo do Prof. Maurício Ferreira, mostra a igreja em construção em 1972.


Já a próxima foto, mostra a inauguração da nova igreja, aparecendo em primeiro plano o Padre Jesus, o então prefeito Íbis Cruz, o primeiro Bispo de Jundiaí, Dom Gabriel Paulino Bueno Couto e o Comendador Hermenegildo Martinelli. 


Como esse novo local era chamado Nova Jerusalém pelos paroquianos, o segundo Bispo  de Jundiaí, Dom Roberto Pinarello de Almeida, resolveu, em decreto de 1º de janeiro de 1990, alterar o nome da paróquia, de Bom Jesus, para Nova Jerusalém. Até mesmo o bairro mudou de nome, sendo chamado agora Vila Della Piazza. 



quinta-feira, 3 de maio de 2018

ACIDENTE DE CARRO EM 1936. A VÍTIMA SERIA O CHICÃO, DO CENTRO DE SAÚDE?

Em 21 de abril de 1936, um acidente de carro feriu dois jundiaienses que viajavam para a cidade de Araraquara. 

Segundo "O O Estado de S. Paulo", um deles, Francisco Stuchi, feriu-se gravemente, com fraturas em uma das pernas.

Seria essa pessoa o querido e popular Chicão, que trabalhou no Centro de Saúde de nossa cidade? Chicão, que claudicava, andava com dificuldades, frequentava o Dadá, bar situado no centro de nossa cidade, sempre disposto a um bom papo.