quarta-feira, 30 de novembro de 2016

MILAGREI ESCAPOSAMENTE (EM SÃO PAULO E EM BOTUJURU...)


A São Paulo Railway Company (SPR), depois Estrada de Ferro Santos a Jundiaí, começou a operar em 1867.

Para marcar a ocasião, a direção da ferrovia programou uma grande festa: um trem, puxado por duas locomotivas (para evitar problemas...) sairia da estação do Brás (em São Paulo) e, conduzindo as autoridades da época iria até a Estação da Luz, onde seria servido um banquete. 

Mas a primeira viagem tornou-se o primeiro desastre: ao cruzar a ponte sobre o rio Tamanduatei, a segunda locomotiva saiu dos trilhos e caiu à margem do rio, matando o maquinista e ferindo membros do grupo, entre eles   José Maria de Alvear Brotero (1798-1873), o Conselheiro Brotero.   Natural de Lisboa, formado em direito em Coimbra e depois exilado político no Brasil, Brotero ajudou a implantar a Faculdade de Direito do Largo de S. Francisco, da qual foi professor e secretário durante quarenta anos.

Ao ser socorrido, aturdido pelo ocorrido, Brotero teria dito: "milagrei escaposamente", ao  explicar que escapara milagrosamente.

Mas outra pessoa poderia ter dito a mesma frase, em caso ocorrido na mesma ferrovia: em 24 de junho de 1940, Hugo Romancini, estava a bordo de um trem que vinha de São Paulo para Jundiaí.

Quando procurava chegar ao carro restaurante, o trem entrou no túnel de Botujuru (local onde aconteceram diversos fatos estranhos) e, na escuridão do túnel, Romancini que estava na plataforma entre o carro de passageiros e o carro restaurante, abriu a porta errada e acabou caindo do trem... 

Quando o trem chegou à estação de Várzea Paulista, o alarme foi dado por outro passageiro, o trem que vinha em seguida foi avisado e recolheu o passageiro, que havia conseguido rastejar para fora do túnel - talvez com a ajuda do fantasma que assombra o local...

Com ferimentos leves, Romancini foi trazido para nossa cidade e internado no Hospital São Vicente - realmente, como diria Brotero, milagrou escaposamente...














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